domingo, 29 de agosto de 2010

Lições de Nelson Mandela

Por Glauco Menon no Blog: Questionando a verdade

Nestas últimas semanas confesso que não estou muito “inspirado” para escrever sobre assuntos polêmicos, portanto busquei no meu íntimo qualquer assunto para transformá-lo nisso...Quem me conhece sabe que tenho um dom natural para fazer isso!

Recentemente eu li o livro inspirado na historia de um dos maiores líderes que a humanidade já viu “Caminhos de Mandela”, que foi todo escrito da vivência entre o escritor e Mandela, onde inclusive o autor tinha acesso ao diário particular de Mandela.

Durante todo o Livro revi lições básicas que 10 de 10 livros de liderança nos ensinam como: Seja corajoso, assuma responsabilidades, tome decisões pensadas e não sentidas, etc. Mas em meio a essas tiveram duas que me chamaram a atenção, não pela postura em si, pois no fundo eu acho que todos nós fazemos, mas pela elegância que ele teve em nos revelar algo que pudesse mexer em sua reputação. Abaixo eu vou colocar as duas e dar um breve resumo e se possível com exemplo:

01 -> Tenha um principio básico, o resto é estratégia

Este é muito simples, basta pensar em metas e estratégias. Defina a sua meta e a persiga até o final sem se preocupar com o meio, desde que este não prejudique a meta final.

Exemplo na prática: O Objetivo final de Mandela era acabar com o Apartheid que dividia a África em duas (negros e brancos), onde o segundo mandava e o primeiro obedecia. Ele sempre brigou pela democracia e não pelo domínio negro, tanto que sua primeira decisão como presidente foi “bancar” a Cópa do Mundo de Rugby que era um esporte tipicamente branco.

No meio deste “briga” ele sempre foi contra a luta armada, mas em um determinado momento ele passou a apoiá-la, pois percebeu que se continuasse com a “paz” iria comprometer o objetivo final. Implantar a democracia na África do sul.

Com isso ele tomou uma decisão que em algum momento foi contra seus princípios, mas deveria ser tomada para não comprometer o todo. Talvez se não tivesse feito ainda teríamos esta situação na África. Ou seja, mire no seu objetivo e aja, pensando e racionalizando, mas não se prenda a hipocrisia, não se limite pensando no que vão achar das suas decisões, se tem convicção suficiente, Faça!

02 -> Finja. Se você precisa ter uma atitude diferente finja que a possua. De tanto fingir ela se tornará verdadeira

Nos tempos modernos diríamos que isso é falsidade, já Mandela diz que isso é basicamente um treinamento prático.

Nós não aprendemos as coisas treinando, exercitando, etc? Então se você tem uma postura covarde, finja que é corajoso, conseqüentemente se tornará corajoso em algum momento.

Não confunda, não pode passar a vida toda fingindo, isso sim é falsidade e 
mentira, mas ninguém se torna confiante, corajoso e justo do dia pra noite, é necessário sacrifício.

Entenda este “fingimento” como o período de treinamento, mas que no decorrer dele, sem se quer percebendo você já terá estas qualidades.
Bom, isso foi um pouquinho do que aprendi com esta leitura e espero ter a acrescentado algo para vocês também, mas antes quero finalizar como de 
costume, com uma ou duas perguntas para provocar o nosso discernimento:

ü    Será que nós já nos comportamos assim, mas temos vergonha de admitir?
ü    O que a ética diria de tudo isso? Será que os princípios se moldam de acordo com a nobreza do objetivo?

Um abraço a todos...
Glauco Menon

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Político ou a Populção? Quem nos julga palhaços...

Disse Danilo Gentili para a Folha:
Muito político faz chorar com a mesma matéria-prima que o humor faz rir, diz Danilo Gentili

 O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está preocupado, pois entendeu que satirizar um candidato na TV gera desigualdade no processo eleitoral. Ufa! Agora os indefesos candidatos já podem respirar aliviados e se concentrarem na campanha em que, na mesma TV, durante a propaganda eleitoral gratuita, um terá 10 minutos a mais que o outro para expor suas idéias. Isso sim é democrático, igualitário e... Droga... Aqui caberia uma piada, mas não posso fazê-la.
Agora é contra a lei ridicularizar o candidato. Então, lembre-se: por mais ridículo que ele seja, guarde segredo.
Exemplo: Ainda que Collor ridiculamente ligue pra casa de um jornalista o ameaçando de agressão, por mais tentador que seja não mire sua lupa cômica nisso. Ele é candidato, e candidato aqui não fica exposto, fica blindado. O TSE não é o feirante japonês que deixa a mercadoria exposta para que possamos apalpar e cheirar antes de levar. Ele é o coreano do Paraguai que a deixa na vitrine. Você não toca, não cheira. Apenas paga. Quando chegar em casa, reze antes de abrir a caixa


Como milhões de coisas todos os dias este texto me fez lembrar uma discussão sobre política com a minha mãe que quase terminou em briga.

Ela me falava mal de alguns políticos, e obviamente como sou sempre do contra não concordei com ela, não por não achar os argumentos plausíveis, mas por julgar que ela é tão desinteressada pelo assunto que não tem o menor direito de criticar(Ela se quer lembrava de quem votou para Vereador nas últimas eleições como a maioria dos eleitores). Logo o meu próprio julgamento foi o mesmo. “Não posso julgar, pois não tenho interesse no assunto”. Apesar de conhecer um pouquinho e conseguir enxergar coisas gritantes (Tipo as pessoas do DEM escondendo dinheiro nas meias) me considero um míope em relação ao assunto.

Este critério foi estabelecido por que nunca me peguei pesquisando política. Quem me conhece sabe que pesquiso de tudo e não tenho qualquer preconceito, mas nunca pesquisei a vida de um político ou a ideologia de um partido. Neste momento fiquei com um remorso tremendo. Como posso ignorar um assunto tão importante na minha vida? Logo eu, que me julgo tão inteligente e “antenado” não me interesso por um assunto altamente relevante na minha vida.

O pior vem depois, quando após o exercício comecei a procurar ao meu redor quem eram as pessoas que de fato entendiam do assunto e para a minha surpresa não encontrei ninguém, por mais que conheça pessoas extremamente inteligentes e preocupadas com o mundo.

Discuti sobre o assunto com várias pessoas e pouquíssimas ou nenhuma sabia qual era a função da Câmara, do Senado ou até mesmo do Vereador (Aquele que irá olha pelo SEU bairro). O que eram os 3 poderes então...Nossa... De tanto pensar fiquei perplexo e entendi por que as pessoas nunca discutem o assunto. É complexo, muita responsabilidade para o simples  ser humano. É muito mais fácil votar em qualquer um e depois colocar a culpa nele do que se MEXER um pouquinho e parar de assistir novela.

Ficam as perguntas:

  • ü  Será que se VOCÊ estivesse no lugar deste Funcionário Público (Político eleito por você mesmo) seria melhor?
  • ü  Será que você não erra tanto quanto ele?
  • ü  Será que é justo eu criticar sobre algo que não entendo?
  • ü  Será que o político nos faz de bobo ou nós é quem fazemos isso e eles só acatam?
  • ü  Será que você assiste o CQC apenas para ver o TOP FIVE?


Acho que vale uma reflexão para a nação, pois enquanto nos comportarmos dentro da média nos afirmaremos como MEDIOCRES.

E você, se considera Medíocre? Então prove e faça a diferença, use seu cérebro para algo mais útil do que apenas o Orkut!!!

Por Glauco Menon

sábado, 7 de agosto de 2010

O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Que mundo é este?
O que aconteceu para chegarmos numa situação destas?
Este mundo vai de mal a pior?
Onde vamos parar?

Escuto algumas destas indagações diariamente.
Junte um grupo de pessoas, assista a um noticiário da TV e estas questões brotam como capim.

Sendo bem realista, a verdade é que não há nada novo, pelo menos no que diz respeito a situação do mundo. Se buscarmos nos anais da história, encontraremos noticias tão absurdas quanto as que ilustram as páginas sangrentas dos jornais atualmente.

Diferente do que acontecia há mil anos, hoje temos veículos de comunicação tão rápidos, que a cada segundo somos bombardeados por centenas de novas notícias.

Acredito que o primeiro homicidio tenha chocado a sociedade, que logo estabeleceu regras para inibí-lo, mas percebendo que a lei não o extinguiu, tratou de se acostumar com a possiilidade de conviver com ele. E assim acontece com todas as outras imoralidades.

Então pergunto:

Será mesmo que nos impressionamos, ou nos impressionamos por costume?

Questione-se!