sábado, 3 de julho de 2010

Coerência. Ter ou não ter, eis a questão.

Você já parou para se perguntar o que essa palavra tão dita neste ano de copa significa?

Conformidade entre fatos ou idéias; conexão, nexo, etc...

Segundo o professor de MBA da Fundação Getulio Vargas Eugênio Mussak (Você SA. Edição 144 – Junho de 2010) existem várias formas de empregar coerência, e neste texto trataremos de todas, exceto a de alinhamento entre pensamento, discurso e ação por motivos óbvios. Esta é indiscutível.

As pessoas assim como o Dunga têm um enorme prazer em dizer que são coerentes, mas se quer saber, no “frigir dos ovos” essa palavra nada mais significa que pensar dentro da caixa, ser quadrado, resistente, mas principalmente demonstra um medo enorme de errar e ainda com o seguinte pré suposto: “todos faziam assim, só sou coerente”.

Na minha visão coerência nada mais é do que a justificativa de covardia para muitos fracos.

Desde que o nosso amado e carismático técnico da seleção justificou sua escalação com esse discursinho ridículo de “estou sendo coerente”, comecei a pensar intensamente nisso. Parece sem sentido, mas comecei a buscar na história pessoas que foram coerentes e mudaram o mundo. Engraçado, todas as pessoas de relevância no que fazem se destacaram basicamente por serem totalmente, mas totalmente incoerentes mesmo. Olhem:

1 – Esteve Jobs: Largou a faculdade com 19 anos e continuou fazendo aulas de caligrafia. Com isso ele desenvolveu a interface melhorada de computadores com o Macintosh e mudou a maneira com que o mundo vê computadores até hoje. Quem faz aulas de caligrafia visando mudar o mundo? Isso é incoerente.

Ele convenceu o antigo Presidente da Pepsi a assumir a sua posição na Apple com o seguinte discurso: “Você quer mudar o mundo ou vai continuar vendendo água com açúcar pra sempre”

2 – Albert Einsten: Em 1905 estruturou a teoria da relatividade e conseqüentemente revolucionou a maneira como as pessoas vêem o mundo.

“Ponha sua mão num forno quente por um minuto e isto lhe parecerá uma hora. Sente-se ao lado de uma bela moça por uma hora e lhe parecerá um minuto. Isto é relatividade”.

Hoje parece obvio, mas na época pareceu totalmente incoerente.

Esses foram apenas 2 exemplos mais específicos, mas temos milhões deles. 

Walt Disney com sua visão de entretenimento, Mozart, Bethovem e Picasso. Não podemos esquecer Nietzsche que com teorias malucas ainda teve coragem de filosofar contra o cristianismo em “ensaio de uma crítica do cristianismo” - 1895. A seqüência de Pupilos: Sócrates deu aula para Platão, que deu aula para Aristóteles que ensinou Alexandre “o grande” a serem incoerentes e não pensarem dentro da caixa. A questionarem o mundo a sua volta.

Imaginem Santos Dumont querendo voar...Que absurdo! Totalmente incoerente com os padrões da época.

Se analisarmos a fundo em algum momento da história todas estas pessoas foram “taxadas” incoerentes e loucas. Algumas delas até caçadas pela sociedade mais “coerente, inteligente e importante”.

Como diria Aquiles: Todos nós morreremos, mas meu nome perdurará a eternidade!

Agora repensem, vale mais ser coerente com uma vida mediana (medíocre) ou ser incoerente e sentir o prazer de mudar o mundo e deixar seu nome gravado na eternidade.

Um abraço e boa discussão.
GMenon

Um comentário:

CultoDiferente disse...

Não posso deixar de dizer que uma pessoa que não tenha atitudes coerentes com seu discurso está fadada a ser tida como mentirosa, hipocrita para ser legalzinho. Mas como o texto não trata de questões morais e éticas, me reservo a dizer que quando diz respeito a quebrar paradigmas, inovar, ser ousado, precisamos sim ser incoerentes, pensar fora da caixa, pois é só desta forma que vem o desenvolvimento. mesmo que isso implique em um pouco de imcompreensão por parte dos mais céticos. Prefiro mudar o munso a vender água com açucar.

Abraços

Postar um comentário