sábado, 1 de janeiro de 2011

Diferenças. Alegria ou tristeza?

Por: Glauco Menon no Blog Questionando a verdade
Nós aprendemos desde meninos que as pessoas são todas diferentes umas das outras. Que alguns são brancos, outros negros, que uns gostam de azul e outros de amarelo. Aprendemos que uns são de esquerda e outros de direita. Aprendemos ainda que, alguns serão palmeirenses e os demais corintianos.
Esses são os ensinamentos que os nossos avós passam aos nossos pais e, nossos pais a nós. Na verdade, são ensinamentos que passam desde a antiguidade, de geração a geração.
Eu, em um momento de ócio, estava pensando em toda essa história bonita, e me perguntei por que as pessoas ainda tem dificuldade em RESPEITAR e ACEITAR as diferenças, sejam elas de opiniões, opções, preferências, etc.
Pensei em algumas possibilidades, pensei em outras, fiquei nervoso e até discuti com pessoas que amo, mas em um insight percebi que a resposta era simples: "Aprendemos desde sempre a SOBREVIVER com as diferenças, mas tão pouco a respeitá-las."
Aprendemos que as pessoas são diferentes, portanto não podemos contrariá-las, temos que SOBREVIVER com as suas diferenças, mas em nenhum momento aprendemos a respeitar um ponto de vista, a olharmos sem preconceito para esta visão.
Ficamos tão obcecados com  as nossas verdades e orgulhos mesquinhos, que jamais podemos ver virtude na opinião dos outros.
Segundo a regra, basta não mal tratar, agredir etc, todo o resto está liberado, inclusive não ouvir, que no final das contas é a atitude mais ofensiva que alguém pode ter a uma opinião alheia.
Enquanto eu escrevia isso eu “ri” (bem alto), pois o legal seria ouvirmos, discutirmos, entender e gritar enquanto os outros colocam suas opiniões. Caso contrário à opinião se torna uma história, nada além de um conto de fantasias, que só vive na mente de poucos, sem utilidade alguma para as
demais pessoas que o rodeiam.
Vamos aderir à campanha: "Discuta pela sua opinião!!" - ela pode salvar vidas, mesmo que seja apenas da alienação e da lavagem cerebral imposta por aqueles com uma pequena vantagem em serem formadores de opiniões.
Ensinem seus filhos a expor suas opiniões, a terem a chamada “personalidade forte” ou “força de opinião”, mas também ensinem seus filhos a ouvir, entender, respeitar e escolher as melhores opiniões a seguir.
Ensinem seus filhos a tirar os cabrestos impostos pela sociedade.
Enfim, ensinem seus filhos a serem livres intelectualmente, pois enquanto sua mente for presa, seu corpo passará pela vida sem marca alguma.
No final das contas, um mais um, sempre será mais do que dois.
Um grande abraço e um maravilhoso 2011!

5 comentários:

Anônimo disse...

É essa lição que a gente lida todo minuto e com todos a nossa volta. Quando começamos a aprender, a paz começa a se estabelecer. Um dia todos chegaremos lá. Acacio

Piloto de fogão disse...

Muito bom o texto e muito polêmico o tema! Com certeza, dentro da educação hipócrita que recebemos, aprendemos a SOBREVIVER com as diferenças. Aprendemos a simplesmente aceitar, mas, muitas vezes, sem entender o pq...
Cheers!!

CultoDiferente disse...

Isto é Cultura, aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade, e que realmente é transmitido de geração em geração. Até que pessoas como você, como eu, e como alguns revolucionários tem a coragem de questionar. Acredito que se não fosse assim, não haveriam quebras de paradigmas e não só isso, nao teríamos o avanço da sociedade em todas as áreas. Imaginemos se alguém não tivesse questionado: Porque preciso ficar no escuro? Possivelmente nunca teríamos velas, lampadas, etc. O fato de também não sermos ensinados a questionar, a pensar, também é cultural, pois assim não temos como nos rebelar contra imposições ou ditaduras, a muito as escolas deixaram de ensinar o "censo critico" e o que vemos são milhões de cavalos com cabrestos apertadissimos andando para um abismo, e nem ao menos se dando conta.

Abs

Anônimo disse...

Oi,
O ser humano tem uma tendência a não aceitar o que é desconhecido do seu mundinho. Tudo o que lhe soa estranho ele julga, estereotipa, mas esquece das suas próprias fraquesas.

Você escreve de foram transparente, trata de assuntos que outras pessoas preferem evitar... e por issso fico por aqui também, aguardando novos textos!
Abraços.

Ágatha Veiga disse...

E ensine seu filho depois a não se arrepender, pois será taxado com rótulos infindáveis e pré-definidos diante sua "personalidade forte".

Beijos.

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